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quinta-feira, 3 de maio de 2012

O CONFRONTO
O ESPELHO
O SERVIÇO

 
"Às vezes, as bênçãos de Deus entram em nossa vida estilhaçando todas as vidraças"... Sábias palavras de Paulo Coelho, que há décadas li e que me marcaram, mesmo em tempos ainda de ignorância espiritual. Hoje, posso compreender quão profundas e verdadeiras são.

Lucidez (luz) que me faz ver no caos a própria bênção divina. E reflexiono, olhando o mundo à minha volta e o obscuro e quase desconhecido mundo dentro de mim.

Evolução é o equilíbrio de todas as coisas, externas e internas; e evoluir é o sentido de nossas múltiplas existências. É para isso que estamos aqui.

O que vem a ser a trilogia: Confronto * Espelho * Serviço? Parece sem sentido? Não é. São ferramentas de evolução, para que possamos lidar com e superar o mundo à nossa volta e principalmente o mundo dentro de nós.

Soa mórbido ou masoquista se eu disser que o que (ou quem) nos parece problema, na verdade, é bênção? O filho-problema, o marido-problema, a esposa-problema, os pais-problema, o chefe-problema, o emprego-problema, o colega-problema, o vizinho-problema, o aluno-problema... não são a desgraça de nossas vidas: são a nossa "vitória".

A isso eu chamo de Confronto ou Espelho, pois o Serviço só vem quando atingimos a compreensão de que somos aprendizes-caminhantes, que não somos melhores do que ninguém, e passamos a cooperar com a grande Obra de Deus; não mais como simples aprendizes, mas como co-criadores.

O CONFRONTO



Deus sabe da dificuldade que temos, em especial os ocidentais, de olhar para dentro de nós mesmos, visto que as culturas e as religiões manipuladoras nos condicionaram a focar e a esperar tudo fora. Este estado de coisas tem-nos feito caminhar em círculos há milhares de anos, em centenas de vivências recorrentes, sempre repetindo os mesmos danosos equívocos. Isso é infantilidade espiritual e, como tal, necessitamos de ferramentas para alavancarmos um mínimo de lucidez.



O confronto nos oferece resistência enquanto estivermos exercendo pressão, fazendo exigências, impondo padrões e conceitos, forçando mudanças no temperamento das pessoas como se soubéssemos o que é melhor para o outro.

"Sou sua mãe (pai) e sei o que é melhor para você!" - Pode haver um pensamento mais prepotente e arrogante do que esse? Ora, sequer sabemos o que é melhor para nós mesmos?! As pessoas são o que são e somos todos únicos, diferentes uns dos outros, com diversidades de temperamento, de nível evolutivo e de programa encarnatório; portanto, não pode haver um padrão de comportamento como se fôssemos um rebanho. A experiência de um não serve para a experiência do outro, nem mesmo como coletividade, pois cada geração vem experienciar um outro nível de comportamento.

Sob o pretexto de educar, os humanos usam o poder para subjugar o outro à sua vontade, sem respeitar as individualidades, tentando estabelecer um padrão e enfiar tudo e todos dentro dessa caixa de excelência doentia. Se a Divindade quisesse todos as suas criaturas homogêneas, as teria criado iguais... no entanto, não existe um único grão de areia igual ao outro no Universo. Deus não subjuga ninguém, mas nós nos achamos no direito de fazê-lo e criamos um inferno dentro de nós e à nossa volta; e ainda culpamos os outros.

Não estou falando aqui dos grandes ditadores da humanidade não... Estou falando de você que usa da prerrogativa de ser mãe (pai), patrão, chefe, professor, etc. para obrigar seus dependentes a entrar na forma que você estabeleceu como certa. As grandes ditaduras começam dentro de casa, dentro das escolas, nas empresas... 

Educar não pressupõe subjugar, confrontar, proibir, bater, promover verdadeiras surras emocionais com críticas constantes, humilhações e xingamentos. Educar é orientar, fazer ver consequências e responsabilidades de um determinado comportamento, mas com uma firmeza baseada no amor, compreensão, paciência e respeito... a exemplo de Deus. Afinal, Ele é o verdadeiro Pai-Mãe; nós, apenas babás de seus filhos na vida física. 

Jamais teremos os pais que sonhamos, os filhos que sonhamos, o cônjuge que sonhamos, os irmãos que sonhamos, o chefe que sonhamos, os colegas que sonhamos, os alunos que sonhamos... simplesmente porque as pessoas não existem para realizar os nossos sonhos; elas existem para cumprir as suas próprias experiências, enquanto cumprimos as nossas. As pessoas não são ideais: são reais; e até aprendermos que o mundo não está aqui para nos servir, invariavelmente, sofremos todas as dores, atingimos o limite máximo do nosso cansaço, experimentamos todas as doenças e vamos ao fundo do poço. Só então nos dobramos, abandonamos a prepotência, a arrogância e emergimos mais humildes, mais benevolentes, mais flexíveis e mais sábios. 

Enquanto não mudamos, nem as pessoas nem as situações de confronto mudam, porque elas existem para nos fazer ceder, nos flexibilizar, nos ensinar a usar o coração ao invés da mente impositiva. O confronto existe para derrubar nossos muros de resistência e de prepotência. Ao quebrar as resistências, os confrontos vão se abrandando até desaparecerem. Como em um milagre, percebemos que os problemas nunca existiram, e sim foram criados pelas nossa inflexibilidade. 

O ESPELHO



Da mesma forma, nossos "espelhos" sempre permanecem por perto (na família, no trabalho, no convívio social) para nos mostrar a nós mesmos por dentro.

O que mais criticamos nos outros são nossas próprias imperfeições, das quais, na maioria das vezes, nem estamos conscientes. Defeitos alheios que nos agridem ou nos causam indignação estão latentes ou expressos em nós de alguma forma; caso contrário, não nos afetaria. Simplesmente compreenderíamos e passaríamos à margem. Porém, se criticamos, rechaçamos, julgamos, condenamos e, não raras vezes, revidamos, é porque somos iguais.

Estamos vivendo uma época de queima de carmas nunca antes experimentada e a ferramenta do "espelho" é uma das mais eficazes para desnudar nossas almas diante de nós mesmos. Façamos um exame de consciência honesto a cada vez que alguma coisa ou o comportamento de alguma pessoa nos causar rechaço, e vamos encontrar, em algum nível, um resquício em nosso interior. Essa é a hora de expulsarmos, enquanto há tempo, todas as nossas tendências negativas, ainda que não manifestas.

O SERVIÇO



Enquanto não superamos as duas etapas acima, não estamos aptos ao Serviço, pois portadores de egos e negatividades, somos o "desserviço" da Criação Divina. Portanto, o Serviço é uma ferramenta de evolução consciente.

Às vezes, as pessoas que nos servem de confronto são seres evoluídos em serviço divino para nos arrancar da ignorância e da infantilidade espirituais. Esses, jamais nós conseguiremos subjugar, pois eles morrem mas não se submetem. São muito maiores do que nós.

Não somente a dúvida, o medo, a culpa são os vilões da negatividade... A esperança também é negativa, pois pressupõe a falta de alguma coisa. A esperança pressupõe futuro e o futuro não existe. Alguma vez você ousou imaginar isso?

Não é mais hora de esperarmos um mundo melhor, uma sociedade melhor, uma vida melhor... é hora de agirmos, começando por nós mesmos.

Não espere: crie! Seja criador de um mundo novo dentro de si mesmo e, por consequência, o co-criador de um novo mundo para toda a humanidade. Portanto: visualize, creia e crie; eis o caminho!



EDUCADOR DE ALMAS: AUTORIDADE COM AMOR


A SERVIÇO DA OBRA DIVINA


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