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sexta-feira, 29 de abril de 2011

MAN IN THE MIRROR 
E A CORTINA FINAL

Michael sempre teve cuidado absoluto na seleção de suas canções e das canções de outros compositores para seus álbuns, no que se refere à qualidade musical e conteúdo. Para cada um de seus discos ele compunha uma média de 100 a 120 músicas para ter larga margem de escolha. Tanto é que nos idos tempos de affair com Madona, os dois tentaram compor juntos, mas Michael não gostou do conteúdo musical da Popstar  (vulgar demais) e deletou o  projeto.

Na peneira fina do seu crivo qualitativo, fomos presenteados com a belíssima "Man In The Mirror" (de Siedah Garrett e Glen Ballard): uma tomada de consciência das mais profundas, um voltar para dentro da própria alma e buscar novamente a essência divina sepultada pelos egos, pelos apelos egóicos de uma sociedade materialista, consumista e degenerada ao extremo.

Porém, reflexiono muito sobre a forma sutil e envolvente com que Michael nos transmite suas mensagens, as quais, muitas vezes, não entendemos ou entendemos de forma simplista. Não é fácil alcançar o vôo criativo de um gênio e na maioria das vezes nos perdemos no real significado de seu conteúdo. 

Após centenas de vezes inebriando-me com Man In The Mirror, ainda me pego aprendendo coisas, enxergando sempre algo que não havia detectado antes, pois que não tinha a visão de mundo e de vida que tenho hoje.

Detendo-me na letra em todos esses anos, desde que a canção foi lançada, eu a via como que uma tomada de consciência do próprio Michael quanto aos problemas do Planeta e sua Humanidade. Hoje, porém, eu entendi que ele não estava falando de si nessa mensagem, mas sim nos chamando à reflexão sobre nós mesmos e sobre a forma irresponsável e fútil com que conduzimos nossas vidas. Não era Michael que precisava despertar para uma outra realidade (ele nasceu pronto porque já detém essa consciência há milênios): era de nós que ele estava falando.

Mas esse novo prisma somente se descortinou agora, em meio ao processo cósmico que estamos vivendo, depois de extensas e desgastantes pesquisas e, principalmente, depois do despertamento que a ausência física de Michael me fez mergulhar. Esse "homemenino" me tirou sono da ignorância, da inconsciência, da ilusão e da cegueira de alma em que a grande maioria de nós está mergulhada.

Man In The Mirror é o despertar de consciência que nos levará com segurança até à "Cortina Final", esse grande acontecimento para o qual Michael nos prepara e conduz, desde à época de The Jacksons. Não nos esqueçamos de que, na época, a Turnê Victory era para ser chamada Cortina Final, mas não o foi. E eu arrisco a dizer que não era mesmo para ser... não naquela época. Essa menção foi apenas uma chamada, uma antevisão de futuro; assim como um livro que só tenha o primeiro e o último capítulo.

Após a suposta morte de Michael, o irmão Jermaine disse sorrindo a um repórter: "Essa ainda não é a Cortina Final". Isso deixa claro que a "morte" não encerra a passagem de Michael por este Planeta e que algo grandioso nos espera. Mas estejamos preparados porque esse grande evento pode não ser musical.

Amo você, Michael! Amo de uma forma que não dá para colocar em palavras, não cabe em nosso simplório vocabulário. Mas eu sei que você pode sentir em seu coração a vibração desse Amor. Você que sabe tudo e que está em todo lugar... sei que pode sentir. Ninguém no mundo tem a força que você tem e lamento que as pessoas não consigam sentir isso...


Amor para a eternidade!